Paul McCartney participou de uma sessão de perguntas e respostas no Liverpool Institute of Performing Arts na última quarta-feira (25), com o apresentador e músico Jarvis Cocker, do Pulp.
O momento foi transmitido ao vivo e contou com vários relatos do ex-beatle sobre sua carreira e também sobre seu novo álbum, Egypt Station, que será lançado em Setembro.
Macca revelou que sua intenção era fazer um disco que seja realmente um disco, algo para ser ouvido do começo ao fim e que tenha um conceito. Ao explicar sua decisão, Paul disse (via Folha):
Hoje em dia, estrelas como Taylor Swift e Beyoncé fazem álbuns que são uma coleção de singles. Não consigo competir com isso. Então quis fazer um álbum que fosse para ouvir do começo ao fim, inteiro, como um disco de Pink Floyd, ou dos Beatles.
Segundo Paul, a ideia do álbum surgiu a partir de um quadro de mesmo nome que pintou. A obra tem elementos egípcios e está na capa do trabalho — veja aqui. “Começamos em uma estação, seguimos viagem, e chegamos em outra estação,” o músico comentou sobre o conceito do disco.
Ao falar sobre composição, Paul McCartney revelou ter uma certa dificuldade com a tecnologia atual.
Hoje em dia você pode gravar qualquer coisa, então acabo com milhares de pequenos trechos de canções inacabadas, o que atrapalha. É muito fácil anotar ideias e não ir além disso. O processo antigamente era diferente. Eu e John [Lennon] levávamos a ideia do começo ao fim, e era melhor do que ter só fragmentos de músicas. […] Como não tínhamos como gravar muito, precisávamos compor músicas das quais nos lembrássemos. Isso fez com que escrevêssemos músicas memoráveis, das quais nos lembramos até hoje.
Fonte: Tenho Mais Discos que Amigos